Aproximadamente em 2002, os Projetos de Redução de Danos começaram a distribuir cachimbos de madeira nas regiões onde se aglomeravam usuários de crack. Os cachimbos tinham o objetivo de estimular o uso individual e minimizar os riscos de transmissão de algumas doenças, como tuberculose e herpes, e caso os lábios apresentassem queimaduras e feridas, visavam evitar a transmissão de outras doenças como por exemplo as hepatites - por serem de madeira evitavam também as queimaduras e proporcionavam um material de uso mais asséptico que a comum utilização de latas de alumínio para o consumo da droga, além de impossibilitar que certas técnicas para reaproveitar a ‘borra’ do crack, uma resina que se deposita dentro do cachimbo, fossem realizadas. A experiência com esses cachimbos não teve aderência pelos usuários da Cracolândia em São Paulo, mas apresentaram as possibilidades da inserção do insumo. Deste modo, as pessoas da Cracolândia começaram a fabricar cachimbos mais adequados à sua dinâmica cotidiana, utilizando peças que conseguiam na região da Santa Efigênia, como antenas e capacitores de eletrônicos. Estes cachimbos, apesar de serem menos prejudiciais que o uso de latas de alumínio, ainda são materiais muito tóxicos e causam queimaduras. Diversas políticas de redução de danos pelo mundo tem adotado a distribuição de cachimbos de vidro como forma de evitar maiores contaminações, mas no contexto brasileiro, devido ao usuário de crack estar majoritariamente em situação de rua, os cachimbos de vidro podem quebrar, pelo que propoem-se a possibilidade do uso de cachimbos de cobre, um metal que quando submetido a altas temperaturas exala menos gases tóxicos que o alumínio
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Estratégia de Cuidado is the production of copper pipes using the standard of pipes used in São Paulo’s Cracolândia (a space with a large concentration of street dwellers who are crack and alcohol users), aiming not only to produce a pipe that harms less the use of the drug but also trying to influence a change in pipe culture.
Approximately in 2002, the Harm Reduction Projects in Brazil began to distribute wooden pipes in the regions where crack users flocked. The pipes were intended to encourage individual use and minimize the risks of transmission of some diseases, such as tuberculosis and herpes, and if the lips had burns and wounds, they aimed to prevent the transmission of other diseases such as hepatitis - because they are wood also prevented burns and provided a more aseptic material than the common use of aluminum cans for drug use, in addition to making it impossible for certain techniques to reuse crack ‘sludge’, a resin that is deposited inside the pipe, were carried out. The experience with these pipes did not have adherence by users of Cracolândia in São Paulo, but they presented the possibilities of inserting the input. In this way, people from Cracolândia started to manufacture pipes that were more suited to their daily dynamics, using parts they could get in the Santa Efigênia region, such as antennas and electronic capacitors. These pipes, although less harmful than using aluminum cans, are still very toxic materials and cause burns. Several harm reduction policies around the world have adopted the distribution of glass pipes as a way to avoid further contamination, but in the Brazilian context, due to the fact that crack users are mostly living on the streets, glass pipes can break, which is why they proposed the possibility of using copper pipes, a metal that, when subjected to high temperatures, exhales less toxic gases than aluminum. |